Ao fim do depoimento de Roberto Jefferson ontem na CPI do Correios, dois momentos dignos de nota. Fazendo um aparte à fala do Senador Eduardo Suplicy, a Deputada-juíza Denise Frossard disse que, neste país se mata por dinheiro.
A lógica do bandido é a mesma do homem de negócio. Antes de praticar o crime ele pensa qual será o seu castigo. E descobre que, no Brasil, o crime compensa.
O aparte veio depois de Suplicy sugerir a criação de uma lei para punir o enriquecimento ilícito e rápido, que tivesse penas sociais como obrigar o condnado a arcar com os custos da alfabetização de mil brasileiros, no melhor estilo do velho PT.
Me arrepio sempre que ouço falar na criação de uma nova lei. Já são tantas, que no Brasil o criminoso tem certeza da impunidade! - disse Frossard.
No fim, já durante a sua própria fala (foi a última a falar antes do encerramento da sessão, logo depois de Heloísa Helena, que estava ao sua lado), Denise Frossard comentou que, na condição de mulher, estava acostumada a falar por último, depois de os homens falarem. Ao fundo, Heloísa Helena balançou a cabeça e mandou um sonoro "é ruim, heim!"