quarta-feira, setembro 29, 2004

Odisséia Digital

A digitalização da produção cinematográfca já é uma realidade. Mas a da exibição caminha lentamente, por uma série de motivos. Em mensagem recente, postada em uma lista sde discussão sobre cinema, Carlos Klachquin aborda o assunto de forma didática. O texto é grande, mas vale a pena ler com atenção.

"Devido a fatores econômicos, tecnológicos e de políticas de mercado, claramente estão se formando duas avenidas.

Uma de elas, é chamada de "cinema eletrônico" (E-cinema) que é a avenida da Rain. A outra, é o chamado "cinema digital" (D-cinema), este último o único que as "majors" vão adotar..

Em forma grossa e a primeira vista, com trocadilho, a diferencia está na resolução da imagem. Acima de 1080 linhas começa o chamado D-cinema.

Mas há outros aspectos relacionados com exigências de segurança do conteúdo, de confiabilidade dos equipamentos e capacidade de fluxo luminoso, que determinam escalas bem diferentes nos investimentos necessários. E esta escala, nos termos atuais, no que respeita ao projetor, pode ser em torno de dez vezes.

O E-cinema é utilizado nos Estados Unidos nas salas convencionais de 35 mm como um auxiliar para anunciar a empresa exibidora antes da sessão principal com luzes semi acessas, quando o público está ocupando a sala (uma curiosidade: Quase não se projetam comerciais, já que exibidores desejam oferecer ao público uma experiência o mais distante possível do modelo da TV. Nos Estados Unidos, os comerciais na TV ocupam muito maior tempo do que nos suportamos aqui) .

Na China e na Índia existem alguma centenas de salas de E-cinema, mas sempre como um canal alternativo de distribuição. (Nota minha: aqui no Brasil, o pessoal Microcine Bonsucesso segur este caminho).

Já Hollywood pensa de outra maneira. O critério é que em forma absoluta, cinema deve ser uma experiência totalmente diferente. Assim, a qualidade da apresentação da imagem e do som no cinema deve estar bem à frente de quaisquer outra alternativa.

Isto é essencial para poder criar envolvimento no espetáculo e sedução pela experiência sensorial, mais do que pelo conteúdo. Este é um conceito básico nesta filosofia, e do ponto de vista da bilheteria não parecem estar errados.

Por outro lado, a força motriz econômica da indústria do cinema está nas mãos de estas empresas. Ou seja que são eles quem decidem. Existe um comitê que está delimitando as exigências do D-cinema, o DCI, (Digital Cinema Iniciative)
que é formado por Time Warner Inc , The Walt Disney Co (DIS.N), Viacom Inc (VIAb.N), News Corp Ltd (NCP.AX), General Electric Co (GE.N), Sony Corp (6758.T) e
Metro-Goldwyn-Mayer Inc (MGM.N). Alguns padrões já estão estabelecidos, e outros ainda em discussão.

O D-cinema tem um grande obstáculo comercial na frente. Quem deve fazer o investimento é o exibidor. A vantagem é para o estúdio ou produtor, por causa da economia nas cópias. Este é o entrave principal.

Mas a distribuição não é de graça, seja satélite, hard disk ou conexão física. Mas sem dúvida o custo e menor que o da cópia de 35 mm. Existem alguns modelos de negócios sendo discutidos, como a dos estúdios bancar o custo das novas instalações. Mas a nossa indústria, a nível mundial, na evolução das relações comerciais ao longo de 109 anos, criou áreas de poder muito bem delimitadas, que em cada solução possível para o D-cinema serão afetadas. Imaginem só o que pensará um distribuidor sobre o modelo de cinema digital , se o conteúdo viajará por um cabinho.

Qual será a parte da fatia que ficará para ele ? E se os estúdios pagam pelas novas instalações nos cinemas, a propriedade e o direito de escolha do exibidor ficará condicionado de alguma maneira.. Os estúdios se tornarão mais poderosos. (...)"

segunda-feira, setembro 27, 2004

Vem aí a Infobrás

Lembram do caso Kroll? Isto mesmo, uma das maiores empresas de investigação do mundo que espionou os passos, as mensagens e as contas de funcionários do primeiro escalão do governo Lula? Por causa dela voltou a tomar corpo em Brasília a necessidade de o governo de ter a sua própria infovia. Agora com dois argumentos imbatíveis a favor da idéia: segurança de informação e economia de recursos.

Os defensores da iniciativa alegam que não se pode deixar aos cuidados do setor privado a transmissão de dados e informações estratégicas do setor público. Por isso, aSecretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento acaba de assinar um contrato com a Erival Telecomunicações para instalação dos cabos de fibra óptica que vão formar a infovia do governo. E o Serpro, vinculado ao Ministério da Fazenda, de obter da Anatel a autorização para prestar serviço de comunicação multimídia (SCM) em todo o território nacional. O que o habilita a prestar serviço fixo de telecomunicações (capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia, incluindo sinais de áudio, vídeo, dados e voz).

Como a idéia original era a de que a operação da infovia ficasse a cargo do Serpro ou da Cobra Tecnologia, parece que o Serpro sai na frente.

Olho no varejo

"O que inicialmente parecia ser um bom negócio transformou-se em dor de cabeça para a indústria de bens de consumo. Os clientes estão economizando na conta do supermercado para gastar com celular, internet e DVDs, além de cinema e viagens. As vendas de aparelhos de DVD da Casas Bahia triplicaram neste ano. A cadeia planeja vender 5 milhões de aparelhos neste ano, mais que o dobro dos 2,3 milhões de telefones vendidos em 2003, afirma Michael Klein, diretor da varejista, maior rede de eletroeletrônicos e uma das campeãs em vendas de celulares no país.

A conta de telefone, que antes não chegava a pesar no bolso dos consumidores, começou a morder uma fatia considerável do orçamento doméstico, principalmente das classes B e C, que são as camadas nas quais o uso de celulares mais se expande.

Aliados à queda da renda da população, os novos hábitos de consumo passaram a ser os maiores concorrentes dos supermercados, que tiveram de redobrar os esforços para aumentar suas vendas na mesma base de lojas. Até o pagamento do dízimo às novas igrejas que proliferam no país é apontado como um fator que reduz o consumo de itens tradicionais."

As informações são do jornal Valor Econômico de hoje.

domingo, setembro 26, 2004

Festival do Rio na caixa postal...

"Amigos,
O site do Festival do Rio está no ar. Estou ralando muito, mas acho que vai valer a pena. Já assisti a 5 bons filmes e recomendo particularmente o documentário Central Al Jazeera, que vai ser exibido em apenas três sessões neste fim de semana (vejam o que eu escrevi a respeito).
Sonia Aguiar"

E por falar o Festival, o "Porta Curtas" colocou na Internet os 16 curtas da Première Brasil do Festival do Rio. E a gente ainda pode participar da votação que escolherá os 3 vencedores do Prêmio Porta Curtas. Os documentários são imperdíveis. Mas o meu curta predileto é o de animação, com massinhas e computação gráfica, Sushi Man. Não deixe de ver, mesmo que só na telinha.

Energia Popeye

Computadores movidos a espinafre? Mais ou menos. Cientistas do MIT usaram o espinafre para estudar a fotosíntese (o poder das plantas de transformar luz em energia) e, a partir daí, criar um dispositivo para aumentar a autonomia de laptops, celulares, PDAs, etc. Os primeiros resultados práticos são eperados dentro de 10 anos.

sábado, setembro 25, 2004

WiMax preocupa as teles?

Na opinião do Eduardo Prado, não. E ele explica: "No primeiro semestre de 2005 chegarão os primeiros equipamentos de WiMAX no padrão fixo IEEE 802.16d.

No Brasil todas as Operadoras de Telefonia Fixa estão motivadas em abraçar esta tecnologia para garantir que não perderão receita nos próximos anos nos seus serviços para o Mercado Corporativo.

Pelas características do WiMAX de ter Bandas Licenciadas e Não Licenciadas, o Mercado Corporativo pode lançar serviços em qualquer uma das bandas embora deva saber que não terão garantia de serviço sem interferência no uso de Banda Não Licenciada.

No Brasil o WiMAX Fixo pode ser utilizado nas bandas de 3,5 e 10,5 GHZ e algumas empresas brasileiras já possuem esta banda que adquiriram no leilão de PMP (Ponto-Multiponto) da ANATEL no ano passado."

São elas:
EMBRATEL 3,5 GHZ para todo o Brasil
Vant (19,9% Brasil Telecom) 3,5 GHz (13 áreas) e 10,5 GHz (04 áreas), incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco and Ceará

DirectNet 3,5 GHz São Paulo

Universal 10,5 GHz Algumas áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais

WKVE 3,5 GHz 06 áreas de alguns estados, incluindo Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia

Sinos 3,5 GHZ Região metropolitana de Porto Alegre

Inforwave 10,5 GHZ Região mteropolitana de Juiz de Fora

Telemar na Educação

O governo do estado do Rio de Janeiro e a Telemar devem anunciar, em breve, a assinatura de um convênio estendendo para o Rio de Janeiro o projeto Comunidade Digital Telemar, que nasceu da identificação da necessidade de alguns governos em acelerar seus projetos de inclusão digital para rede de ensino público, em detrimento do uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

A Telemar, por meio do Instituto Telemar - seu representante de responsabilidade social -, vai fornecer conexão, durante um ano, para escolas que já contam com computadores e têm cobertura do Velox, seu produto de internet em alta velocidade. Ainda este ano, o projeto levará a um milhão de estudantes o acesso à banda larga nas escolas públicas.

Além do acesso, o Comunidade Digital Telemar prevê a criação de uma rede entre as escolas, por meio de um portal na internet, que permitirá a formação de uma comunidade virtual de aprendizagem para a troca de informações entre os participantes e o estímulo a discussões.

Bom. Sucesso!


Acabo de ler na lista de discussão CineBrasil que Bonsucesso voltou a ter um cinema. Iniciativa da própria comunidade, coordenada pelo Marcos Manhães Marins (CINEMABRASIL.org.br). Conta ele que "os moradores apoiaram a criação do espaço de difusão dos filmes brasileiros, que tenta se estabelecer, ainda sem apoio NENHUM de empresa ou órgão de governo".

O MICROCINE BONSUCESSO fica na AV.TEIXEIRA DE CASTRO 157. É equipado com um projetor DIGITAL DLP 1 DMD 1600 ANSI lumens e a exibição é feita a partir de DVDs com autorização expressa dos donos dos filmes. Só ASSOCIADOS PREVIAMENTE CADASTRADOS TÊM ACESSO AO CENTRO CULTURAL e ao MICROCINE (carteirinha 1ª via: GRÁTIS). Hoje foram exibidos "Os três zuretas", "Tainá - uma aventura na Amazônia", "O casamento de Louise" e "Corisco e Dadá".

O Centro Cultural também disponibiliza mais de 100 FITAS NOVAS e ORIGINAIS da FUNARTE, filmes BRASILEIROS RAROS (MEMÓRIA DO CANGAÇO, RICO RI À TOA, etc.), para compra, a partir de R$19,90. E está iniciando uma pequena banca de fitas de filmes BRASILEIROS para aluguel somente para associados, a R$2 por dia, inclusive sábado e domingo (CARLOTA JOAQUINA, GUERRA DE CANUDOS, etc).

"Já temos 800 associados do Centro Cultural CINEMABRASIL. Eles e os assinantes desta lista CINEMABRASIL têm acesso à programação a preços bem populares. Confiram. O auditório tem espaço para acomodar 100 poltronas, mas por enquanto só temos 50 cadeiras simples. Estou sempre lá, eu, minha esposa e meus dois filhos. Apareçam, será um prazer recebê-los.

Ontem foi Yom Kippur


Dia do Perdão (também chamado de Dia do Arrependimento), considerado o mais santo do calendário judaico. Para os judeus, esse é um dia em que todas as promessas de arrependimento, amor e amizade são seladas no plano divino. É nesse dia que os judeus têm a chance de se desculparem pelos maus atos e de pedir perdão à pessoa contra a qual cometeu alguma injustiça. Se o pedido for de fato sincero todo mal que foi cometido anteriormente é anulado.

Este ano o feriado marcou o final de uma semana violenta, com seis israelenses mortos em três ataques palestinos, incluindo uma explosão suicida, um ataque armado a um posto do exército e o disparo de morteiros contra um assentamento israelense. Oito palestinos foram mortos.